26 de set. de 2011

REDAÇÃO

Responsável por muitas decepções em vestibulares, os professores de Língua Portuguesa do Ensino Médio não se cansam de ensinar e preparar os alunos para a realização de uma boa redação. Para ajudar, fiz algumas pesquisas e achei algumas dicas de como preparar uma boa redação. Esperamos que ajude e que consigas uma boa nota no ENEM e no Vestibular que optares por fazer.

DICAS PARA UMA BOA REDAÇÃO DISSERTATIVA

- saber criticar
-estar sempre bem informado de tudo o que acontece no mundo
-saber o básico de gramática e língua portuguesa
-saber "juntar" tudo o que você sabe do assunto pedido na prova/trabalho
-no caso de histórias, separar a redação em pontos como apresentação, clímax e desfecho; além de se perguntar se há a presença dos mesmos
-ser criativo e não copiar
-ter bons improvisos
-ler e ouvir tudo o que você puder, de livros a simples folhetos
-ter entusiasmo em tudo o que fizer
-e, o principal: seguir tudo isso, além de ter uma boa percepção para poder discutir tudo o que for necessário!

Abaixo vamos postar algumas redações que merecem destaques pelo desempenho dos alunos em relação aos temas abordados nos 2º e 3º anos do Ensino Médio da Profª Carmem Liane. Os textos são transcritos das redações originais entregue, pelos alunos.

PRÉDIOS E CADEIRINHAS

Autor: aluna do 2º ano do Ensino Médio

Recentemente, navegando pela internet, me deparei com a seguinte frase: “O Brasil está uma vergonha!”, onde o autor se referia à atuação da Seleção Brasileira em um determinado jogo. Mas quero apenas me aproveitar do sujeito “Brasil” e do adjetivo “vergonha” – que se adéqua perfeitamente à situação na qual se encontra sua educação – reunidos numa mesma frase, para refletir.

Um dos maiores problemas que afetam comunidades que crescem de forma desordenada é a dificuldade de acesso à educação. Algumas contam com escolas de pouco espaço, outras, nem sequer uma escola têm. Não só a super lotação de classes ou a falta de escolas no meio de uma comunidade fazem com que a criança se afaste dela. A falta de documentação ou incentivo, por exemplo, contribuem. Situações de miséria, onde o aluno se vê obrigado a trocar a escola pelo trabalho.

Mas a (infeliz e cada vez mais clara) realidade, é que faltam investimentos e interesse por parte dos governantes. Só prédios e cadeirinhas não são suficientes, falta qualidade também. Qualidade na própria cadeirinha, inclusive. Qualidade no transporte. Falta até o próprio transporte! É um tanto absurdo temos que ler notícias de alunos que caminham mais de dez quilômetros para chegar à escola.

Como se não bastasse, algumas regiões ainda podem contar com merenda estragada e professores mal pagos. O que parece é que se esqueceram também da necessidade que tem a educação e do valor que tem um professor. Esqueceram-se de que, o que quer que queiram melhorar, será preciso um professor. Melhorias na saúde requerem bons médicos, bons médicos só existem com bons professores e bons professores só existem com investimentos em sua formação. Mas, voltando às cadeirinhas: muita gente ainda pergunta por elas!

MÍDIA ALIENANTE E FONTE DE RENDA

Autor: Lucas S. Witt, 3ª01

Principal fonte de alienação, a mídia trabalha em conjunto com as grandes empresas e a classe dominante, utilizando da influência que ela exerce, para prestigiar algo que lhe interesse, sempre em função do capital.

Os detentores deste capital buscam vender algum produto ou passar uma mensagem para os comunicadores e pessoas em geral. A mensagem, muitas vezes é distorcida para dizer aquilo que a população, proletariado, quer ouvir.

O povo sempre foi influenciado à rotina de “trabalhar para viver e viver para trabalhar”, fechando esse ciclo, comprando produtos muitas vezes desnecessários. Sem tempo para buscar altura, a pessoa é facilmente alienada por anúncios e propagandas. O capitalismo tornou-se fonte de lazer para o povo, e fonte de renda para a indústria. E a mídia facilita este processo.

Então, a mídia é basicamente a forma que a classe alta da população encontrou de manter-se lucrando em função da falta de informação das classes mais baixas, utilizando de falsas promessas e/ou palavras que causam bem-estar à população.

NECESSIDADE OU OBRIGAÇÃO

Autor: Kim Colling, 3ª01

Mesmo sendo proibido e considerado crime, o trabalho infantil ainda é um caso muito grave no Brasil.

Muitos pais e familiares desempregados, mandas crianças pedirem esmolas em semáforos ou, até mesmo, procurar um emprego, onde ele possa conseguir um pouco de dinheiro para ajudar a família. Enquanto isso, os pais ficam em casa cuidando dos filhos mais novos que, em pouco tempo, serão os próximos a trabalharem precocemente. Crianças que vivem nessa situação, correm perigo diariamente, pois estão nas ruas correndo risco de serem atropeladas e até de serem roubadas, sem nenhuma segurança. Piorando a situação, ainda existem pais que ameaçam os filhos, deixando-os na obrigação de ficarem nas ruas, com medo de voltarem sem um trocado no bolso.

A precoce profissionalização dessas crianças as deixam traumatizadas e, futuramente, ficarão desesperadas atrás de um emprego melhor para que possam sustentar seus filhos; mas quando se dão conta disso, já é tarde, pois são cidadãos analfabetos e dificilmente conseguirão um trabalho digno, fazendo assim, com que coloquem seus filhos nas ruas, também tornando assim um ciclo vicioso.

Seria muito importante que houvesse fiscalização intensa do governo para que essa situação se resolvesse e, é claro, que são necessários projetos sociais para ajudar essas famílias financeiramente e com alimentação, ou auxiliando-as, trazendo informação para que suas crianças possam ser educadas corretamente.

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