12 de mai. de 2011

PISO NACIONAL DOS PROFESSORES

Senhores pais, alunos e comunidade escolar, vamos usar este meio de comunicação para explicar ou tentar explicar o motivo pelo qual seus filhos vem saindo mais cedo da escola. Os meios de comunicação como tv, rádio, internet e jornal vem colocando e informando ao publico em geral questões referentes aos professores e o Piso Nacional implantado em 2008 no governo do ex-Presidente Lula. Abaixo transcrevemos a opinião do Prof de filosofia Atilio Vicente dado ao jornal A Noticia do dia 12 de maio, quinta-feira, pág. 36.




"Caro leitor. Se você não está acompanhando a longa novela que está acontecendo em nosso Estado, vou lhe fazer um resumo: Em 2008, o governo federal promulgou a Lei do Piso Salarial do Professor, lei que foi vetada em Santa Catarina pelo ex-governador Luiz Henrique, mas que este ano foi reafirmada pelo Supremo Tribunal Federal. Resultado da votação? sete votos a favor contra apenas dois.


Porém, ainda não é o fim, os professores continuam esperando. No dia 28 de abril, os professores em todo Estado reduziram o tempo das aulas para discutir o Plano Nacional de Educação (PNE), projeto que está tramitando no Legislativo Federal e que trará significativos investimentos e mudanças na educação para os próximos dez anos. E também para fazer uma manifestação pública, reivindicando o cumprimento da Lei do Piso.


Em resposta, o atual Secretário de Educação disse: ""Não entendo essa movimentação dos professores, isso é desnecessário, estamos fazendo um estudo, sob pressão não vamos conseguir diálogo. E, por último, minha preocupação é que os alunos estão perdendo aulas"". Então, vão estudar a Lei até quando? E, falando em diálogo, vamos lembrar o que o governo LHS não recebia os representantes dos professores e que o governador atual, quando candidato, foi o único que não recebeu o sindicato para discutir as reivindicações. Quanto à preocupação com a falta de aulas, ressalto que os 15 minutos de aulas 'perdidos' será recuperados, ao contrário das aulas perdidas em cada início de ano por falta de professores e pela lentidão burocrática.


Agora, o que mais me entristece é que o governo se enrola para pagar o piso por questões econômicas, pois, mesmo o Estado tendo o quinto maior PIB do País, paga o pior salário. Segundo uma reportagem do "Estadão", Santa Catarina tem a disposição R$ 17,9 bilhões de orçamento. Continuam olhando o professor somente como gasto, que idéia triste! Será que é por isto que não fazem mais concursos públicos há mais de 6 anos (os ACTs não recebem do final de dezembro a início de março)? E quando dão um acréscimo ao salário do professor é em forma de penduricalhos, como o Prêmio Assiduidade, que o professor, para merecer, não pode ter nenhuma falta justificada no ano, ou seja, não pode ficar doente ou deve trabalhar doente. E agora, qual será o próximo capítulo? Bom, caro leitor, hoje ele está acontecendo, um dia de paralização geral. Contamos com seu apoio."




Essa foi a forma do Professor transmitir suas angústias e seu descontentamento. Assim como ele muitos outros também estão sentindo.


Segundo informação do SINTE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) a "operação tartaruga se prolongará até terça, dia 17 de maio nos três turnos da Escola e se até este dia o Governo não acenar com uma proposta, a greve será deflagrada. Cabe dizer que o que os professores estão pleiteando não é nada mais que o comprimento de uma Lei que está em vigor, ou seja, a Lei existe e se existe que seja cumprida.

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